O casal surdo deve passar por tratamento de fertilização e gerou polêmica.
Um casal britânico de surdos iniciou uma polêmica ao afirmar que quer selecionar um bebê com a mesma característica no processo de fertilização artificial ao qual deve se submeter.
Tomato e Paula Lichy se transformaram em ícones do movimento dos portadores de deficiência auditiva na Grã-Bretanha, que não considera a surdez uma deficiência, mas sim o primeiro passo para uma cultura rica, com sua própria linguagem, história e tradições. O casal já tem uma filha portadora de deficiência auditiva e quer ter uma outra criança. Paula, que já tem mais de 40 anos, provavelmente precisará de um tratamento de fertilização.
A Lei de Embriologia e Fertilização Humana da Grã-Bretanha não permite que casais que passem por tratamentos do tipo escolham os embriões que possam desenvolver algum problema, anormalidade ou condição médica, deixando de lado os embriões considerados normais.
"A questão central é que o governo afirma que pessoas surdas não são iguais às pessoas que ouvem", disse Lichy à BBC.
Polêmica
Segundo a lei britânica, se o casal se submeter ao tratamento e produzir apenas embriões portadores de deficiência auditiva, eles poderão implantar um destes - mas é pouco provável que não seja produzido nenhum embrião considerado normal.
Se o casal pedir para que os embriões sejam testados, eles serão obrigados a escolher o que não é portador da deficiência auditiva.
O teste dos embriões não é obrigatório, e o casal pode simplesmente apostar na sorte de que um embrião portador de surdez seja o escolhido.
Comentário sobre a matéria:
Ao se fazer uma fertilização artificial, automaticamente todos os outros embriões serão descartados ou congelados por tempo indeterminado , já que um embrião não pode se desenvolver sem um útero.
Por enquanto esse assunto ainda é considerado um tabu , principalmente pela igreja que considera os fetos como uma vida e que esta tem que ser preservada .
Preservada sim , mas não poderia ocorrer isso por outros meio? Nós biólogos temos o dever de preservá-la , então poderíamos usar esses embriões para outros fins já que eles seriam descartados e automaticamente “mortos”. E usando-os para pesquisas , mais vidas poderiam ser salvas .
Agora fica uma pergunta: porque os pais não podem escolher ? São eles que vão cuidar da criança , ainda mais essa sendo portadora de uma doença , do mesmo jeito que um casal normal gostaria de ter um filho saudável .
Essa situação não trairia a ética , pois uma vida seria gerada com sucesso.
(Marina)
quarta-feira, 12 de março de 2008
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